terça-feira, 2 de junho de 2009

O Rio de Janeiro - a chegada

Desembarca na Base Aérea, pega taxi com a Nair pro Galeão pra poder pegar o ônibus da Real e ir pra Copacabana. Roda no bonde por aproximadamente 1:30h e desce em frente a disco HELP, referência para a casa do meu franco amigo Wandson, ou Frias. Essas foram as primeiras horas.
Eu já havia estado antes no apto dele, em 2005 antes de partir para a Alemanha, mas não lembrava de muita coisa. Pedi para uma moça super simpática, mas desconfiada, no ônibus o celular emprestado para ligar pra ele e avisar que estava quase lá.
A moça, que quando perguntei se era carioca, me respondeu que não, pois havia nascido e morado na Bahia até seus 3 anos de idade e depois mudado para o Rio, me voltou a pergunta. Eu, que já havia treinado esse tipo de situação, dizendo que sou paraense (já que cresci em Belém e não conheço o Rio) mas nascida no Rio. Ela fez uma cara e me disse que ela se considerava bahiana, lugar onde nasceu.
Entrei em crise de novo, pois sempre tive como conceito o lugar onde cresci, sendo minha terra natal. Cresci em Belém, falo égua, tomo açai, canto pecados de adão em bom e alto tom... virar carioca da noite do pro dia é pedir de mais da magrela aqui... enfim, segui viagem.

Desci, encontrei meu amigo. Subimos, jantamos, conversamos, e ele me deixou super a vontade. Um irmão que cuida da irmãzinha que está chegando na cidade grande, 'vindo do interior'.

No dia seguinte, fiquei a arrumar minhas coisas. Roupas, armários, coisas, bagulhos...descobri que coisas importantes ficaram e lembrei que me disseram no avião que eu poderia ter despachado minhas caixas... quase chorei, mas me contive. Ninguém morre por não ter suas botas de camurça ou ter deixado seus relógios preferidos para virem depois de mudança.

Saí a noite pra ir no mercado. Caro, tudo muito caro. Comprei um vinho. Decidi me receber bem no Rio. Voltei, fiz uma pasta com calabreza, que segudo meu amigo, não ia comer... mas ai tava lá em cima e foi! Conversamos e descobri que amigos assim, pra mais de 10 anos, são como irmãos. Ele sempre me deu apoio, sempre me lertou dos perigos da Europa quando fui pra lá, chorávamos mágoas por telefone e blabla.
Fico feliz meu amigo, de ter você ao meu lado :P

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