segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um mês de Rio de Janeiro!

Pois é, peguei uma gripe... nem me falem. Pelo menos não inflamou a garganta! To quase a duas semanas me recuperando!
Bom, como eu só me lembro do que quero escrever aqui quando to na rua, vou tentar recaptular os tópicos!

Jardim Botânico
Na minha folga, de dia, fui com o Wandson no Jardim Botânico, muito interessante. Fui do Japão à Amazônia. É enorme aquilo lá, colossal! Don Pedro pegou espécimes do mundo todo, inclusive da Guiana(daqui mesmo que roubadas) e trouxe pro Rio. O jardim é tod irrigado pela água que desce do Corcovado e assim ele criou um dos lugares mais prezeirosos do Rio de Janeiro.
Sem falar que encontrei aquele ator que faz o filho do diabo na novela das 6h, e só vi porque o meu amigo me mostrou. Mas nao quis incomodá-lo. Ele estava almoçando, e além do mais não vim de Belém pra dar uma de tiete...ora novela das 6h...se fosse das 8h quem sabe! hahaha

LAPA
Semana passada na minha folga fui a Lapa, o inferninho do Rio de Janeiro. Se bem que pra uma quarta-feira não estava tão ruim, alias, nunca é!!
Fui com uns amigos do Couch Surfing, um servo que mora a anos na suiça e fala Schwitz deutsch, um dinamarquÊs de 1,50m e um espanhol, de idade já considerável, irriquieto, que logo se despersou do grupo. Pois bem, pega o metro, desce na Glória, anda, anda, passamos na escadaria Selaron e até que escolhéssemos onde sentar e tomar uma, o espanhol foi-se e sentamos em dois bares até pedir a tão digna caipirinha!
Convenhamos né, eu passo a semana toda servindo e se não pudesse beber pelo menos uma na folga seria de mais!
sei que no total foram 3 caipis, e dois chopps, finalizando e fechando o Carioca da Gema!! hahahahah Só sei que não sei, pois depois o Dejan me disse que eu estava no balcão do bar pedindo "one more, one more..."!! Hahahahahah
Resultado, ressaca no dia seguinte e gripe de vez neste corpinho magro e alto! Me f....
E pra completar a 'nascida' que estava nascendo, resolveu nascer, dolorida e implacável! Puta que o pariu! Não bebo mais, nunca mais!!



Irish Pub
Na quinta mesmo só de raiva saí do trabalho e fui com uma colega num Irish Pub bem perto da gente. Lá tinha uma festa a fantasia e nos divertimos. Bebi a última cerveja do mês. Pois no dia seguinte fui ao médico e comecei o tratamento! Putz!!

Na sexta fui ao médico, público claro né. E até que não tenho do que reclamar. Só da médica na triagem, que mais parecia uma sapa que tinha comido um mosquito da dengue! Ou que não tinha comido...
Resultado? Antibiótico. Puta que o pariu, de novo!
E todo o blablablá... nãopode beber, não pode parar o tratamento, não pode isso e ...
Ora beber, quem quer saber disso? É coisa do cão! Já disse que não bebo mais!!

Sábado me aquietei e no domingo não me contive:



Baile Funk na Rocinha :)

A gente que isso, sem preconceitos. Pra eu poder escrever algo aqui preciso pesquisar e vivenciar né, antes de contar p vcs! Não vou negar que lembrei da minha amiga Valena enquanto tentava me requebrar que nem as cariocas!

Saí cedo do bar e fui com o mesmo servo e dinamarques e mais um escocÊs muito louco, que quase me mata de rir só do sotaque dele! Pois é sabido que os escoceses não falam inglÊs! hahahhahahaha O Maik, yhe bear!

Gente, vou dizer... peguei o toque com um amigo do trabalho mesmo que mora na Rocinha. Ele me disse que o "Emoções", a casa de shows, era tranquilidade, que era bem no início da Rocinha e que não pegava nada! Putz! Depois de ele me dizer que o bom mesmo era na "Bolha", só que esse findi não tava rolando! E destacou os detalhes das festas no morro, que tinha muito gringo e que na hora da festa ficava todo mundo dançando e fazendo festa junto, inclusive os traficantes e sues fuzis! Ai gente, peraí... eu gosto, adoro turismo de aventura, mas assim já é demais né!!
Sei que no Emoções era beleza então depois de um choppinho, para os meninos né, porque eu nem Ice Tea tomei, no Empórium (em Ipanema, uma quadra depois do Garota de Ipanema), pegamos uma van e fomos pra Rocinha!
O legal do Rio é que as vezes a gente se sente ou num filme nacional e quando pior em uma novela! Outro dia tava correndo no calçadão e tava a maior parafernalha de equipamento: gravação de novela, né claro!! Um saco!!
Enfim, descemos, pergunta daqui e dali, eu me divertindo com os meninos, principalmente com o escocÊs. Quando começamos a subir o morro, já foi me dando um calafrio mas ao mesmo tempo uma sensação de que eu tva na novela das 8h! hahahahahaha E nem me devaneei muito chegamos ao Emoções. O pior foi pra eu decorar o nome da casa de shows, ai associei ao Rei e consegui pelo menos lembrar pra perguntar ao trocador da van.
Parecia a entrada, mas menos, da A Pororoca, em Belém! Gente, muito engraçado... mulher entra por um lado, homem pelo outro!
Quando entramos estava lá um salãozão, enorme. Com gente de todo tipo e bunda! Não sei da onde essas mulheres tiram essas bundas... eu fiquei de fora dessa, né! Pois me senti a mais desbundada das mulheres ali!
Os meninos perceberam a minha cara de espanto e sempre perguntavam como eu tava, se tava gostando e tal, super atenciosos! Mas na verdade aquilo era um choque pra mim... pelo que vi, pra eles nem tanto!
Pra eles mesmos que não, o Dejan (o da Sérvia) era o que mais dançava, parecia brasileiro. O dinamarques baixinho só se sacudiu depois da terceira cerveja, e o escocês dançava que pra mim parecia um funkeiro do morro mesmo (apesar de eu não saber essa diferença!).
Com a cerveja a 2reias quem não ia dançar?! E eu só no graraná e na coca-cola, aff...
Sei que no final, por volta das 3h, acenderam as luzes e a galera, parecendo debandar em manada, esvaziou o salão. E se vocês estão se perguntando se eu dancei, esqueçam! Bem que os meninos tentaram, mas se dei meia dúzia de requebradas foi muito! Funk não é pra mim não!

O bacana foi que no fim todos nós nos divertimos. E sem fuzis em punhe ou coisa assim! Sei que no final da noite me elegeram um anjo, e todos nós éramos... em meio ao funk da Rocinha, heim...imaginem só!
Foi pai d'égua, sumano!

Só sei que no final não distinguiamos mais quem era anjo e quem era diabo :)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O nome KADJA

Ultimamente ando explicando muito a origem do meu nome. É. Primeiro porque estou em um novo trabalho, e vocês sabem que quando a gente se apresenta, e ainda mais o som do meu nome, as pessoas ou elogiam ou dizem que seu nome é 'diferente' e coisa e tal! Nomeu caso, no caso de KADJA, a primeira reação é "O que, como,não entendi?". Depois vem a clássica pergunta: "É um nome árabe, você é de descendência árabe, seus país?" e blablablá... Já estou até vacinada e passo a contar toda a saga do nome Kadja! Não, não sou de descendência árabe, nem pai nem mãe. Mais brasileira que eu não tem, pois nasci no Rio de Janeiro, me criei em Belém do Pará, minha mãe é belenense e meu pai pernambucano de Caruaru (leia-se São Caetano da Raposa :), e estou de volta à terra onde nasci, pois não nasci aqui por acaso!!

É meus amigos, é uma longa história a ser narrada! E sem falar que sou filha bastrada...paternalmente falando! Porque SEMPRE se vai ser filha da mãe!!

Já estou acostumada, outro dia um cliente me perguntou o que significava. Disse que não sabia e omite a parte em que a minha irmã, Keisy, me disse que o seu sogro que é também árabe, lhe disse que Kadja significava 'cobra'. Gente, que isso? Cobraaaaa??? Alguém consegue me imaginar uma cobra? Estaria eu entre o carioquÊs e os devaneios suculentos de Kafka... virei eu uma kafkaneana e não caí da cama?

Só sei que gosto, e se gosto vou levando, e se levo os que estão ao meu redor também o fazem. Felizes para sempre?! Espero que não. Vamos ver quando vai pintar a outra crise do nome Kadja, por enquanto eu estou gostando... sem objeções!


Trampo

Cá estou eu de volta a escrever. Bem, o mundo muda em uma semana, e o meu então hum! Primeira novidade arrumei um trabalho, é já tava na hora. É num bar super legal que fica em Ipanema, tipo um Outback bar. Vi o anúncio no jornal, levei me currículo e por falar inglês e alemão lá estou eu, contratada. Mas trampo em bar é sempre divertido mas puxado. Na Alemanha o doido do dono do bar gritava com a gente e só faltava nos bater...águas passadas!
Nesse não, as pessoas são legais, os gerentes bacanas (até agora não rolou nenhum esporro) e a clientela é super relax, entre gringos e empresários e turistas no geral.
Com 3 dias de laboro, encontrei vários paraenses, macapaenses e pasmem: dentre esses 3 eram ex-alunas do meu pai! Que mundo pequeno, que Rio de Janeiro pequeno heim!!!
Papa-chibé é assim mesmo, se cumprimenta, sorri, grita um "égua" no meio do salão!! A D O R O!
Agora é hora de parar de bancar a turista e ir atrás do que realmente eu to buscando. O Rio vai sempre estar ai pra eu poder desbravá-lo. Já que o trabalho dignifica o homem, quero eu ser bem dignificada. Ficar parada e esperando cair do céu não dá mais não! E como papai e mamãe não dão mais conta da Barbie aqui em tamanho natural, é eu e eu!

Está sendo super divertido trabalhar lá, pelo menos na primeira semana... a lua de mel sempre é mais bonita que o ato de assinar os papéis do divórcio :)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados!

Que coisa brega, dia dos namorados! O que a Marte Medeiros diria de um dia tão comercial e deprê para os solteiros! Que por mais que digam não se deixar influenciar, é f...

Foi só eu postar aqui que não havia falado com nenhum amigo ainda no Rio, que na terça eu encontrei o Júnior e o Diogo.
Júnior foi um amigo que nos apresentou em Belém e que só estava passando uma chuva... esses romances loucos que a gente conhece a pessoa e se muda pra cidade dela, pois é o Jr. estava vivendo! Achei legal! Bem, não pretendo entrar em detalhes sobre a vida amorosa do Jr. hahaha

Quando saí da entrevista da Infinity, marcamos de nos encontrar na Rio Branco com a Bueno Aires. Nossa, que nome pra ruas! O jr. me aparece de paletó e gravata! Que susto, mas lindo como sempre. Nos abraçamos e ele tremia, nem acreditava que íamos nos encontrar aqui, em pleno Rio de Janeiro, no fuzué do Centro. Adorei, achei muito legal revê-lo!

Volto eu pra casa e quando to quase entrando em depressão o Diogo Baltazar me liga, "qual é maluca, to na área"!! Hahahahaha que emoção, hoje meus amigos cariocas resolveram se desemburacar pra me dar um cheiro!! Passou aqui com um amigo e fomos no Restaurante Eclipse - segundo o Diogo lugar dubioso pelas escolhas sexuais dos clientes :) Eu que nãos ei mesmo, tinha ido lá com o grego e última coisa que reparei foi isso! Jantamos e adorei a batata com catupiry e bacon! Uau! E mais ainda reencontrar meu amigo gordinho e fofinho Diogo! Gosto desse sem-vergonha :)

A semana foi tranquila, porém cansativa. Ontem fomos eu e Wandson e uma amiga dele super simpática, a Rita, assistir a primeira peça de teatro da trilogia de Michel Melamed. Regurgitofagia, super legal. Adorei. Ele tem uma voz ótima, e o monólogo todo é ele ligado a fios elétricos que passam a descarga equivalente ao nível de barulho que a platéia emite! Que louco. O espetáculo é ele levando choque e a gente rindo, mas valeu a pena pois o texto dele é bem reflexivo e profundo, gostei.

Já a sexta feira foi só chuva e frio! Que saco! Dá uma moleza, e eu que sou escorpiana então...se conseguir sair da cama é lucro!! Saco de dia dos namorados! Que por coincidência até 'falei' com Charles pela net. Não sei se é bom ou ruim! Scheisse! Precisava dessa chuva toda e desse frio desgramentoooooooooo!!

Bem, como quem tem amigos tem tudo, vou sair (leia-se beber) pra me animar... já que, além de mim, alguém também está deprê e sozinho, como eu! Até mais!!
Beijo da maga :)

domingo, 7 de junho de 2009

Quase que primeira Deprê

Bem, na verdade acabei de chegar do Baixo Gávea. Um turista que estava no grupo pagou uma rodade de "shot", a famosa virada da mardita Catcha! Como eu tava na onda, bebendo o que pra variar? Caipirinha, claro. Tomei uma (uma que era metade de um copo americano), bem servida dose! Não passei disso, a caipirinha que tinha bebi a metade e se bebi um terço da dose de cachaça foi muito.

Mas o que realmente tenho em mente, e quero escrever, é que nesse meio se encontra gente do mundo todo, de tribos diversas e com os mais diversos interesses. Eu estava com a Britta (alemã) e Robert (americano), e ele não estava tão sociável quanto a tarde, quando passeamos por Copa e Ipanema. Engraçado, pensei que só mulheres tiham variação de humor. Ele estava visivelmente 'diferente', enfim, pode acontecer com qualquer um... algo se passou. Armer Robert!

No Baixo Gável, Praça Santos Dumont, eu conheci um francÊs, que estava morando em Nova York, pois largou a profissão de advogado para viajar e ver o mundo. Ele me disse que trabalhou como garçon, depois com artes e assim foi. Apesar de seus 25 anos, ele aparenta ser bem mais velho, e comentei que era legal ralar desde novo. Ele disse que as pessoas na França diziam pra ele: "ahh trabalhe e com 50 anos você será uma pessoa rica", então justamente isso ele não queria. Disse que quer viver e gozar dessa que é a melhor e mais complicada fase... e a mais tentadora e sexual também, o auge de tudo. Achei bem legal ele comentar isso, que quer viver os 25 como os 25, e não como aposentadoria ou fim de vida, pois é isso que fazemos...vivemos pelo futuro, pelo amanhã, pela velhice! Que coisa chata!

Lá estava o Tato, um membro do CS super legal, amigável e aventureiro. Faz trilhas e tudo, já vou virar melhor amiga dele e sair pra trilhas e adventures, vou virar rata no Rio.

São 00h, e não me sinto só, mas que deixei um mundo pra trás que me parece estar na tela de um cinema. Ainda não sinto saudades. Hoje meu amigo Francisco me disse que sentia minha falta, respondi dizendo que também, mas menti! Pela primeira vez menti dizendo que sentia saudades de alguém e ainda não sentia! Sei que esse amargo e doloroso dia vai chegar, mas ainda não o encontrei e o encarei! Ufa. Encontrei muita gente, conheci pessoas do mundo todo. Ainda não tive tempo nem de pensar em mim mesma. Sei que talvez não seja um bom sinal, pois eu preciso de um tempo pra mim, achei que iria me encontra aqui mas o processo está demorando um pouco. É legal tomar conhecimento das aventuras das outras pessoas e saber que você não foi a única pessoa a ralar e passar por situações difíceis e também engraçadas e interessantes. Não é uma questão de sair e perder o controle ou se entregar ao "diabo". Mas vivência é escencial, você tem de ser visto, precisa se mostrar!

O Rio de Janeiro me é mágico, me amortece das dores e me deixa em letargia. Acho que não é muito saudável, mas eu não sinto quase nada nessa cidade. Sei que ela pulsa e eu vou e volto nessa brincadeira, mas parece que tudo vai se ajeitar, tudo no seu tempo, só preciso ter paciência. Vamos ver!
A cidade não é madrasta, pelo contrário. Percebi que nós que somos mal enteados. O Robert me perguntou hoje quanto custa um salário mínimo no Brasil, disse que menos do que R$500. Ele ficou impressionado, como que se pode viver, pagar alugel e blablabla com menos de 500 papéis! Eu já havia pensado nisso. Mas me foi um choque repensar. Não sei como fazemos, mas sobrevivemos. Li num livro hoje que o homem não é mal, a sociedade que o corrompe. Que seja!

É, talvez tenha batido uma little deprê, mas também o que posso fazer se eu ando ouvindo Simply Red, "Every time we say goodbye" e "Say you love me"! Não sai da minha mente!! Bem menos pior, porque quando cheguei eu só ouvia Bloc Party - Sunday... uma má influência do Brit Guy!

Desde que cheguei, minha família tem sido o Wandson, e ele tem feito isso muito bem! E meus amigos têm sido as pessoas que conheci pela internet, no CS e tenho encontrado por aí. Nenhum conhecido de Belém, ou 'amigo' de lá (que informei que estou morando no Rio), me encontrou ou me ligou. É, acho que eu que não tenho muito o que fazer!

Por mais que tente ser legal, inteligente e uma Kadja descolada e despojada, tudo o que sou é a magrela de Belém do Pará. Entro geralmente em conflito quando me perguntam se sou carioca. POw, nasci aqui, mas me criei em Belém. E tenho certo, como 2+2=4, que sou paraense, Papá-chibé. Mas essa lei não é válida aqui. Talvez pra turistas cole, não sei. É o que sou e o que sei ser. É toda minha bagagem, somada a internacionalismos esta é a Kadja.

Hoje foi uma noite pra pedir colo! Qualquer um, de preferência com cheiro do Pará! Acho que a ficha tá começando a cair agora!
:/

Sábado





Levantando de rassaca é bom né! 'Caipis marvadas'! Mas deliciosas!

Acabou que o Wandson me chamou pra irmos na Feira da XV. É que a praça 15 de novembro tem um viaduto e embaixo dele há um mercado de antiguidades, um verdadeiro mercado de pulgas. É bem interessante, se encontra de tudo por lá, quinquilharias em geral. A missão era encontrar um bonco do homem aranha, que nem aqueles que meus primos tinham quando criança e que cansaram de casar com as minhas barbies. Tempos bons!

Sei que o mercado me lembrou muito a Alemanha e que meu pai ia fazer a festa no meu dessas bugingangas todas! hehehe

Fizemos um tour bem legal. Coisa boa é ter um amigo guia, na cidade pra qual você acabou de se mudar :) Ohh moleza!
Andamos pelo Centro e fomos até a Rua do Lavradio, que é uma rua onde todo primeiro sábado do mês é fechada e da lugar a um mercado de antiguidades, também. Só que é mais chique e tal, com coisas bem cults e fashions! Adorei também! É uma boa dica pra quer desopilar! Esse vestido é a minha cara!








Andamos pela Praça Tiradentes. Lugar onde o próprio foi enforcado... uiii! Dá até arrepios. Coitadinho!

Andamos até os arcos da Lapa e descobri que se paga R$ 0,30 pra andar de bondinho por Santa Tereza, Lapa e tal. Bem baratinho! Passando pelos 42 arcos que foram feitos pra levar água de um canto a outro da cidade, chegamos na Escadaria Selaron, em Santa Tereza. Essa escada começou a ser 'enfeitada' por Selarón, um chileno que mora no Rio ha anos, e que em 1990 começou a compor a escada. Ele colocou, e ainda continua colocando, azulejos do mundo todo e vai colocando e enfeitando a escada. Um trabalho bem minucioso, dizem que quando ele se arreta, e olha que ele já se arretou, tira tudo e poe de novo! Enfim, é um ponto bem legal pra se conhecer no Rio.





Sábado a noite: Viradão Carioca, Marcelo Camelo e Mart' nália

Depois desse passeio turístico pelo Rio,, marcaram de me encontram em Copacabana, o Robert e a Britta, ele americano e ela alemã! Legal. Passaram por Copa e seguimos pra Praça XV, se não fosse o ônibus errado e o motorista de taxi empolgado que pegamos, não haveria estresse.
Lá na escadaria da Assembléia encontramos outros Couch Surfingers e nos enturmamos.
O Robert fala portuguÊs bem e se entrosou logo, fiquei conversando com Britta que morou sete anos no Japão e está em Sampa passando férias.
Começamos a beber caipirinhas e lá vamos nós de novo!! Andamos, dançamos e nos divertimos muito com o show de samba que rolou depois do Marcelo. e pra uma alemão, a Brita dança muito bem salsa. E o Robert como americano sabe gingar legal também :) Dancei tanto samba que nem eu sabia que sabia sambar :)

Voltamos cedo e acabou que estávamos quase bebâdos no final da noite!


Sexta Greek Copacabana

É, a semana passou super rápido! Já chegou a sexta feira e mesmo eu não programando nada, as coisas acontecem.
Saí de casa pra ir ao Forte de Copa e quando ia atravessar pro calçadão avistei, ou fui avistada pelo grego. Coincidências!!
Acabou que vi os fogos do evento do Forte mas nem entrei, porque já ia encerrar! Então já que o Mauríco, um amigo do Couch Surfing, chegou atrasado, resolvi ir tomar caipirinha, de novo, com o grego. Coisa que está se tornando mais comum, porém não menos divertida.


O Maurício se juntou a nós, e foi tanta caipirinha que perdi a conta... e quase o juízo também. Se bem que eu queria tomar um porre desses, desses bem mesmo sabe... E foi o que aconteceu. Só que o problema foi ter tomado o bendito chopp. Nunca faça isso, nunca misture bebidas! Um perigo!! hahahah

No final das contas acordei com ressaca... por isso não to tão inspirada pra escrever. Sorry!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Uma semana de Rio - Centro da cidade, onde até os ônibus dão 'Boa tarde'

Uma semana sobrevivida na Cidade Maravilhosa! Uau, mereço cumprimentos, afinal a vida aqui é muito dura... e cara! Tem a praia, os morros e sua vegetação, gente bonita e educada, turistas e até os ônibus que têm escrito no letreiro "boa tarde": ) Adoro! Parece caboca! Mas me diga, quem não gosta de gentileza, educação e beleza? Adoro o Centro do Rio! Pulsa como nunca vi!
Metrô (essa palavra ainda tem acento)
Hoje peguei o metrô, nossa que legal. Não deixa nada a desejar com relação a outros até da Europa! Limpo, rápido, organizado... me sentiria na Alemanha de novo, não fossem as catracas! hahahah


Confeitaria Colombo
Acordei preguiçosa, fui dormir tarde ontem. Marquei de encontrar meu amigo W na Confeitaria Colombo, no centro da cidade. Nossa, um pedaço de Paris no Rio. Bem parecido com a nossa loja de tecidos Paris n'América! E ainda ganhamos vantagem pois temos aquela 'escadarona' toda, mas daquele jeito que se organiza... tsc,tsc,tsc. Alguém poderia muito bem comprar nosso pedacinho papá-xibé de Paris e abrir uma livraria ou até mesmo um café, como aqui no Rio. A noite poderiam ter festas e confraternizações. Bem, se o blog é meu, eu devaneio do jeito que achar melhor, não é!? Era uma boa idéia!

Desci no Largo da Carioca, andei pelo centro. Me senti numa novela! Burburinho, gente e muvuca! Andei pela Uruguaiana, quase nosso camelódromo organizado e em formato de shopping! Tudo mais barato e piratex! Iphone por R$ 300-400! Só o primo do Iphone mesmo né, porque o original ficou lá na inglaterra! Entre bugingangas e tudo o que você puder imaginar!

Almocei na rua do Ouvidor hoje com o Wandson, e é lá mesmo que tem o tal do pagodinho. Claro que me lembrei de minha amiga Valena, que afinal, até vai perder um show do seu grupo favorito de pagode: Revelação, que vai ter aqui no Forte de Copa, em comemoração a algo sobre a Itália. Quem sabe eu não passo por lá e faço uma foto pra mandar pra ela! I miss you Branquela!


Agora a reclamação, já tem uma semana que cheguei e nenhum amigo me ligou. Meu celular nem tocou (a não ser o grego, mas não conta né). Abandonada por todos e todas! É, assim vai ver é mais fácil pra eu me estabelecer e fazer do processo de adaptação algo mais cru e racional! Hum!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Lendo o Rio

O meu amigo me emprestou um livro pra ler: Carnaval de Fogo, de Ruy Castro. Não terminei ainda, por isso vou postar aos poucos os comentários!

Mas foilendo outro livreto de bolso, que quero dividir aqui uma parte do prefácio, de Melanie Dimantas, onde ela também recém-chegada ao Rio (vindo de São Paulo), vagando pelas ruas do Rio pensavou num poema de Ferreira Gullar (e eu já imagino esse poema com aquele sotaque beeeeeeeeeemmmmmmmmmm carioca, 'falou'):


"Sem qualquer esperança
Detenho me diante da vitrinhe de bolsas
na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, domingo,
enquanto o crepúsculo se desata pelo bairro..."

Gente, sou eu! Parece que ela citou o poema pensando em mim. O Rio é tão mágico assim que faz isso com todo mundo que chega e vaga pelas suas ruas agitadas e pulsantes?

Ontem na fila do caixa atomático, um senhor puxou papo e disse que tinha 57 anos, mas que queria ir no caixa de atendimento preferencial. Eu lhe disse que não me incomodava, e que por 3 anos ele não se permitisse cerimônias. Lá foi o Senhor! Mas antes, me disse que eu aparentava ter uns 24 anos, que era jovem e que deveria aproveitar mesmo a vida (e o que faço eu no Rio, pensei)! E me disse que esse estresse de cidade grande, muita gente, muita bagunça, envelhecia as pessoas. Concordei, mas acho que ele desconfiado do meu sotaque (droga de sotaque- qdo vai vir o lado bom?), perguntou se eu era de cidade pequena. Eu disse que não, pois Belém tem 1,5 milhão de habitantes. Mas que na mentalidade, não deixava de ser, e disse que o Rio me era mais hospitaleiro, receptivo e as pessoas mais simpáticas, abertas e sorridentes! Ele se maravilhou e acho que ficou refletindo sobre sua própria cidade. Coisa que não fazemos com frequência, mas que deveríamos!
No final das contas ele atravessou a agência pra me desejar boa sorte e felicidades. Impressionante. Não sei nem o que dizer... se tem estampado aqui em camisetas a mais verdadeira frase que já vi: "Gentileza gera gentileza"!

A mais pura verdade!

The English guy

I want to share some things, just to share...
yesterday I met the greek guy and even though the glamour and the friendly person that I found, I thought oft in Charlie. Yeah, that is a fucking shit, but was the true. And even so the many diferences, he was there, in my mind, in my heart and in my soul.

That is crazy, but for the first time, I was with a man, but was thinking in some other guy! How can I escape? That is not fair.

And in the other arms I cried my heart out, and missed the idiot!

Primeiro final de semana - Centro, Arpoador e Ipanema














SÁBADO

Levantei com friozinho. Meu amigo me levou na feira da XV da Novembro e no Paço Imperial, fiz fotos e acabamos por sair na Rua do Ouvidor que estava um burburinho só. Um garçon nos disse que um sábado sim e outro não, tem lá um pagode. PAGODE, to fora! Coisa pra Dona Valena! Estava animado heim.

Lívia Rodrigues
No paço imperial, eu já queria procurar pela loja Arlequim. Logar que vende com exclusividade aqui no Rio o cd da minha boadrasta Lívia, bióloga por formação e cantora de coração. Descobri que o cd estava sendo vendido por R$25 e que o repaz que me atendeu acha a mistura da voz dela tão legal que comparou com 2 musas da música que não me recordo agora :) sorry.
Fiz a foto pra você Frau Rodrigues.

Passamos na Casa França-Brasil, vimos uma exposição sobre favelas e acabamos por parar na exposição no Banco do Brasil sobre o Yves Saint Laurent. Que por sinal é bela, mesmo que eu tenha visto só uma sala e alguns vestidos, pois a outra estava lotada... voltaremos outra hora!
Resolvemos entrar no recem restaurado Museu do Tribunal Eleitoral (que era pra ser um banco), fotos e fotos e ai decidi ir pra casa.
Saí de novo e fui andar sozinha no calçadão de Copa. Parece ser glamouroso né, mas me senti só. Vi a feirinha de Copa, mas não comprei nada. Andei e voltei pro apê com dois espetinhos. Pra ver se me fazia um agrado. Acabou que jantamos e fiquei vendo tv até adormecer.


DOMINGO
Eu havia lido um livreto sobre os bairros do Rio, e este foi sobre Copa e Leme. Sai decidida a explorá-los. Mas por indicação do Wandson, resolvi ir para a direita, em direção ao forte e Iapanema.
O domingo foi um presente. Haja visto que fazia 30º e o sol nem ardia, mas esquentava. Fui em direção ao posto 6, visitei o Forte de Copacabana, li sobre a revolta dos 18 do Forte e me senti de volta às aulas de história do prof. Bordalo, no 1º ano. Sempre gostei de história, era meu curso de intenção, mas ai resolvi prestar vertibular para turismo e acabei passando de primeira e deixando a história de lado.

Sozinha, andei pelo forte, sai em direção a APA do Arpoador e Copa Entrei por ela e saí no posto 7. Andei pela areia e me senti livre, leve. Ali eu podia. Saí da areia no posto 8, tentando descobrir se realmente estava em Ipanema, quando me dei conta, vi cais de gays homens se beijando, namorando e paquerando... era Ipanema mesmo. Sem preconceitos, sorri e adorei aquilo. Liberdade é tudo, coisa que não se vê em Belém.

Perguntei pela feirinha hippie de Ipanema e uma barraqueira me mostrou o caminho, super simpática e solícita. Achei a rua, a feirinha. Me senti na Praça da República aos domingos. Como no último que foi minha despedida e havia por lá o Arraial do Pavulagem.
Na feirinha, tinha tudo, quadros, pinturas, coisas artesanais e até piranhas empalhadas. Coisas pra turista. Um vendedor disse que eu tinha um sotaque meio que portuguÊs... hum, 'tu é besta é, sumano', só porque falo bem o portuguÊs não quer dizer que eu seja turista!!

Voltando de Ipanema, e me sentindo mais sozinha ainda, sentei na curva do calçadão e comecei a ouvir Bloc Party(dizendo o grego depois que já me viu alí e já havia alguma pretensão de aproximação). Uma banda inglesa, que tem umas baladinhas bem fortes, dica do que me restou de lembrança do meu último flirt com um inglÊs. Mas isso é outra história, ainda estou me recuperando. Se bem que se não fosse ele, eu não teria me animado e criado coragem pra me mudar pro Rio. Há males para o bem :)


Arpoador, Ipanema, Bloc Party e o grego
Sentei, botei as pernas penduradas, fitei o mar, aumentei o volume do mp3 e ouvi umas 2,3x duas músicas. Se não fosse o fato do meu fone de ouvido estar com mal contato, e isso me irritar profundamente (já que eu tinha que ficar segurando e mexendo no fio), eu teria derramado bem mais lágrimas do que as que cairam, acho que umas duas só. Me recompus e levantei em direção ao Arpoador... nesse trajeto do calçadão, vi um rapaz, surfista (haja visto que saia do mar e tinha uma prancha de baixo do braço), e que olhava na minha direção. Menina cabocla, magrela, esperta, olhei para trás, mas não havia ninguém e conclui que o danado me fitava. Fitei de volta, já que estava com os óculos escuros segurando os cabelos. Ele de repente, riu e me lançou um beijo!! Gente, o que se faz numa hora dessas?? Ri, sorri e continuei andando, e ele olhando e caminhando em direção contrária. Segui, nessas horas fujo de encrenca... mesmo desejando que a maldita me ache! E sentei na entrada da APA, ouvindo Bloc Party em alto volume. Não foram 30 segundos e um rapaz de olhor azuis ou verdes, prefiro não arriscar, se dirigiu a mim e perguntou em inglÊs se eu poderia ajuda-lo na escolha de uma canga de presente para uma mulher.
Respondi automaticamente, olhamos alguns motivos, mas ele não parecia muito interessado nelas. A conversa fluiu bem, apesar de meu inglÊs ser uma 'mierda', mas sai! Ele achou interessante eu falar inglÊs, já que brasileiros não falam freqeuntemente essa língua. Andamos, tomamos uma cerveja e no final descobri que é muiro importante você não ir a praia sem uma caneta! Leve nem que seja um lápis, uma lapiseira, que foi o que me salvou. já que o grego, ele era da Grécia, queria meu contato. Acho que na 5ª tentativa consegui uma lapiseira e quase não lembrando do número do telefone da casa nova, rezei para que fosse esse mesmo!
Voltei pra casa feliz, pois havia conhecido alguém. Já teria com quem conversar (mesmo que em inglês) e desbravar o Rio. Ele e o amigo, já tinham planos para ir a um samba, convite.

Cheguei em casa e decidi postar no Couch Surfing (comunidade na net para quem viaja e quer conhecer pessoas, entre se hospedar e ver a cultura local de perto), que eu era novata e estava na área.
Escrevi e é incrível como as pessoas me responderam super simpáticas e solícitas, amigáveis e hospitaleiras. Nossa, o Rio é mesmo demais! Estou em casa praticamente :)

O grego
Não darei nomes aos bois. Ele ligou (domingo a noite). Nos encontramos no calçadão do posto 5 e tomamos umas caipirinhas. Andamos, conversamos, contamos histórias e sentamos numa barraquinha que tinha um sambinha bem animado, os músicos principalmente. Mais pra lá de Copa a pergunta pessoal que não quis calar: "can I kiss you?". Como que se pergunta, ainda, isso hoje em dia!?! Ele que me pegasse na subida da escada do banheiro e me beijasse, apessar de ter os olhos verdes (ou azuis) e eu não confiar (mais) em olhos claros. É né, o que eu pude fazer... Tava uma noite tão fresquinha :*
A noite foi legal, me deixou dps em casa e fui dormir, sem pretenções nem lembranças, nem sorriso no rosto.

Na segunda a noite ele ligou de novo. Vai fazer o que, que tal um jantar? É, não é má idéia. já que eu havia vindo "varada de fome" da loja da TIM- após comprar um novo chip pra mim. E de ter gasto R$19 pra enxer o cartucho de tinta da impressora e ela não funcionar e por fim, ter feito compras no supermercado Pão de Açúcar, que é bem mais em conta que o Zona Sul.

Me arrumei sem pretenções, mas clássica né, afinal um jantar é um jantar. O grego é viajado, estudou e tem mestrado na Inglaterra. Trabalha pra uma empresa que faz negócios com os árabes... hummm sei! Lá fui eu. Gostei do prato dele, e se comi um terço do meu foi muito. Os camarões co salmão e alho estavam ótimos, deveria te rimitado-o! Entre um cigarro e outro dele, nos divergíamos, depois concordávamos e assim foi a noite que estava 'friazinha'. Depois de um café no apto dele (e eu não gosto de café), voltei pra casa e dormi sem pretensões também, já ele não posso dizer o mesmo :P

Reflexões
É interessante como homens tem comportamentos diferente uns dos outros. Evito fazer comparações,mas não consigo! Shit!

Aqui no Rio uma coisa que é chato de se andar com gringos é que sempre vai chegar alguém pra te pedir dinheiro, e mesmo eles achando que eu também sou gringa, sempre vão pedir para o homem. Mesmo ele não falando português!

Acho legal também como as pessoas aqui no Rio sorriem com facilidade. Eu tava com 4 sacolas de compras do mercado e ai dobrando a esquina percebi um rapaz, bonitinho por sinal, me olhar. Segui e nem liguei, mas sabe quando você acompanha pelo rabo do olho que o outro também está olhando, pois é... bem na hora que olhei de volta ele me olhou... o que fazer nessas horas? Ahh meu caro leitor, sorrir de volta! Sorria! É o que faço. Mesmo que você fiquei com medo da pessoa te seguir depois, mas como eu já estava na esquina de casa, nem liguei...

Voltei de taxi ontem e o motorista me esperou entrar no prédio! Gentileza ou a vizinhança é perigosa mesmo?

Estava saindo e não pude evitar de fazer a foto, as mulheres aqui andam com as meias assim mesmo, não sei o porque... se bem que é frio e tal e é a cidade do futebol na praia, influencia? Como disse a minha maiga alemã Sylvia: "Die sind doch keine Strumpfe, die sind kniestrumpfe" - Elas não são meias, são meias 3/4 (daquelas que vem até o joelho - e que vovó usava muito)!!

Adoro esse mix cultural! Estou no lugar certo, meu querido!
Beijos da magra :*

O Rio de Janeiro - a chegada

Desembarca na Base Aérea, pega taxi com a Nair pro Galeão pra poder pegar o ônibus da Real e ir pra Copacabana. Roda no bonde por aproximadamente 1:30h e desce em frente a disco HELP, referência para a casa do meu franco amigo Wandson, ou Frias. Essas foram as primeiras horas.
Eu já havia estado antes no apto dele, em 2005 antes de partir para a Alemanha, mas não lembrava de muita coisa. Pedi para uma moça super simpática, mas desconfiada, no ônibus o celular emprestado para ligar pra ele e avisar que estava quase lá.
A moça, que quando perguntei se era carioca, me respondeu que não, pois havia nascido e morado na Bahia até seus 3 anos de idade e depois mudado para o Rio, me voltou a pergunta. Eu, que já havia treinado esse tipo de situação, dizendo que sou paraense (já que cresci em Belém e não conheço o Rio) mas nascida no Rio. Ela fez uma cara e me disse que ela se considerava bahiana, lugar onde nasceu.
Entrei em crise de novo, pois sempre tive como conceito o lugar onde cresci, sendo minha terra natal. Cresci em Belém, falo égua, tomo açai, canto pecados de adão em bom e alto tom... virar carioca da noite do pro dia é pedir de mais da magrela aqui... enfim, segui viagem.

Desci, encontrei meu amigo. Subimos, jantamos, conversamos, e ele me deixou super a vontade. Um irmão que cuida da irmãzinha que está chegando na cidade grande, 'vindo do interior'.

No dia seguinte, fiquei a arrumar minhas coisas. Roupas, armários, coisas, bagulhos...descobri que coisas importantes ficaram e lembrei que me disseram no avião que eu poderia ter despachado minhas caixas... quase chorei, mas me contive. Ninguém morre por não ter suas botas de camurça ou ter deixado seus relógios preferidos para virem depois de mudança.

Saí a noite pra ir no mercado. Caro, tudo muito caro. Comprei um vinho. Decidi me receber bem no Rio. Voltei, fiz uma pasta com calabreza, que segudo meu amigo, não ia comer... mas ai tava lá em cima e foi! Conversamos e descobri que amigos assim, pra mais de 10 anos, são como irmãos. Ele sempre me deu apoio, sempre me lertou dos perigos da Europa quando fui pra lá, chorávamos mágoas por telefone e blabla.
Fico feliz meu amigo, de ter você ao meu lado :P

28 de maio - Aniversário da mamãe... e a Partida

Após ter ido dormir as 3h da manhã, o celular desperta as 5:20h do dia 28.05.2009. Levanto, vou ao toilet (isso sempre acontece em situações do tipo), bebo meio copo de água e já me dá um embrulho no estômago. Chamo pai e madrasta e 'lá vamos nós', tomar o avião C130 Hercules da Força Aérea Brasileira, que além de cargas, transporta passageiros 'duros', como eu, e que sairia da Base Aérea de Belém com destino ao Rio de Janeiro.
Com a consciência pesada, pois no canhoto que a FAB me cedeu dizia que só 15kg eram permitos, assim já com a bagagem de mão, sai de casa desesperada e já imaginando que iria ter que abrir a mala e tirar coisas dela. No carro, eu estava em frangalhos. Pegamos minha amiga Giselle para poder dar um último ciao de consolo.

Lá no embarque o oficial informa que só 20 passageiros poderiam embarcar e que ele iria tentar abrir mais vagas, haja visto que havia muita carga para ser transportada. Repensando meu desespero durante a semana, de ter ou nao confirmação do voo, de ter vaga e prevendo a possibilidade de voltar no carro para casa aos prantos, me encostei na parede e tive uma séria conversa com Deus. Prometi coisas, implorei, pedi e lagrimei. Imaginando que nem tudo estava perdido pois meu número na lista era 74 e haviam outras pessoas depois de mim, relaxei. Porém não pisquei os olhos. Quando ouvi meu nome, dei um pulo... corri, peguei a mala rosa e botei junto com a mochila p pesar. O oficial pergunta pro soldado: "quanto deu o peso"? Eu quase infartei! "34kg Senhor", e a Senhora quanto pesa, ele me perguntou... só 55kg respondi com a boca seca. "Pegue seu cartão, pode esperar pra embarcar". Quase desmaiei, corri em direção a Lívia e Giselle e sori como a muito eu não sorria! A felicidade estava ali, comigo!

Me despedi de meu pai, lágrimas esquádilas, e abraços nas meninas. Indicações, cuidado com tudo e todos. O piloto veio e informou que iríamos fazer uma breve parada em Brasília, mas que se houvesse algum problema eles não poderiam nos dar nenhum suporte! Hum, só sei que no final, embarquei com um papel com quatro contatos para pedir ajuda, entre tios e irmão da Gi e mãe da Lívia. Estava segura!

8:35h - Caminhei em direção ao Hercules, vi meu pai no estacionamento (que desde 6h ficou no carro pois estava de bermuda e não podia descer), e me despedi de Belém, olhando para o céu.

De minhã mãe eu havia me despedido ontem de noite, por volta de 00h. Abracei, respirei fundo tentando manter entranhado seu cheiro maternal nas minhas narinas. Segunda vez que parto, disse a ela. Já havia ido pra mais longe, e o Rio não me amedrontava. D. Vânia tenra, me disse vai com Deus, tome cuidado e não confie em quase ninguém, seja feliz! Eu vivi o que você busca e agora é sua vez! Desejei parabéns, pois ela completava 51 anos de idade e sai, uns 3 km depois me encontrava aos prantos, com o peito apertado, mas o cheiro de minha mãe ainda vivo!
Passei com minha irmã (que estava na casa de uma amiga), disse tchau e dei vários no meu Rei Arthur, que dormia como todo neném de 5 meses. É triste partir! A chegada é alegre, mas a partida é melancólica. Em sua história, a FAB operou 29 aeronaves C-130. Destas, estão operacionais 23. São missões do C-130 na FAB: transporte de carga, transporte de tropas, apoio ao Programa Antartico Brasileiro, lançamento de pára-quedistas, reabastecimento em vôo e busca e salvamento.

Voltando ao avião, quando entrei no bichão, égua... estava na guerra! Acentos vermelhos se destavam á primeira vista. Carga e o cheiro de história estavam ali, bem na minha frente. Sentei e vislumbrei as cenas dos inúmeros filmes que vi onde as pessoas saltavam de paraquedas ou lançavam mantimentos por estes mesmos aviões.Um pouco acanhada fiz amizade com Nair, a mãe do genesis. Ele é fuzileiro naval em Belém e ela foi dar uma força ao rapaz de 19 anos que esta degustando a liberdade de morar longe de casa. Depois me enturmei com os tenentes, pessoas simpatissíssimas, alegres, discretos e super amigáveis. Descobri que o nome do esquadrão era 1º/1º GT - Esquadrão do Gordo. Aí estava o motivo de no embraque, ter comentado com as meninas de só ter visto militar gordinho e barrigudo. Até foto com o medalhão do Gordo rolou.

E por aí conversamos, perguntei coisas sobre a aeronava, sobre as missões do C130 e descobri que a FAB apóia o PROANTAR por meio de sete vôos anuais com aeronaves C-130 Hercules que transportam equipamentos, material e pessoal, tanto no verão como no inverno. Legal!!!

Tirando um cochilo, o SO me chama. Pergunta se quero subir à cabine e respondo com um sorrisão. Lá em cima, 8 homens trabalhavam, pilotavam, conversavam, riam e respondiam simpaticamente às minhas perguntas de menina. O major, tão novo que quase não acreditei que era Major, perguntou se eu queria ver o pouso? Macaco quer banana?

Queria imensamente agradecer a todos, pelo melhor voo de minha vida, no C 130 Hércules da FAB, a eles o meu muito obrigada :)

O começo

Um breve esclarecimento sobre minhas origens irá dizer o porque do nome do blog e do próprio...
Kadja de Castro Ribeiro, nascida as 14:30h do dia 13.11.1981, na Pro-Matre de Nossa Sra. de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, após ficar aproximadamente um ou dois meses (pois nem mesmo sua genitora sabe dizer o tempo certo), regressa com esta última para Belém do Pará - cidade onde crescerá, magrela e morena e permanecerá até seus 23 anos, quando embarca para ficar 2 anos morando na Alemanha. Volta, trabalha, se frusta, fica desempregada e depois de um ano e meio na Cidade das Mangueiras, resolve se mudar e aventurar algo na Cidade Maravilhosa, sua cidade de nascimento. Afinal, não foi a toa que Kadja nasceu no Rio :P

A grande questão é: ser ou não ser carioca?! Acho que me encontro em crise!

Decidi escrever o blog pois as experiencias que tenho tido no Rio, são únicas. E para uma moça parioca- nascida no Rio, mas criada em Belém do Pará, é estupendo!